Pai de Julian Assange denuncia na ABI a perseguição criminosa dos EUA contra o jornalistaوالد جوليان أسانج يندد بالاضطهاد الإجرامي الأمريكي للصحفي في ABI
Pai de Julian Assange denuncia na ABI a perseguição criminosa dos EUA contra o jornalista
Na noite da sexta-feira (25), a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) recebeu em sua sede, no Rio de Janeiro, John Shipton, pai de Julian Assange, para um ato-entrevista.
Há quatro anos, o jornalista e fundador do Wikileaks foi preso em Londres e desde então vive sob a ameaça de extradição para os Estados Unidos, onde pode ser condenado a até 175 anos por denunciar ao mundo as atrocidades cometidas pelo exército estadunidense no Afeganistão, Iraque e em Guantánamo.
O evento foi organizado pela ABI em parceria com o Comitê de Solidariedade a Cuba no Rio de Janeiro.
John Shipton denunciou que seu filho está preso há 4 anos sem cometer qualquer crime, passando 22 horas na cela, com apenas 1 hora para exercícios, além das refeições. “A ignorância não é um benefício para as pessoas ou para as nações. O trabalho do jornalista é difícil e nós compreendemos os riscos que envolvem esse trabalho. Desde que Assange publicou suas denúncias, os governos aqui na América Latina mudaram muito. Os EUA e suas agências não conseguiram interferir do mesmo modo na autonomia dos países e nós entendemos nesse processo qual a importância do jornalismo”, disse John.
O presidente da ABI, Octávio Costa, afirmou que foi uma honra receber John Shipton que está percorrendo o mundo em defesa da liberdade de seu filho e lutando contra a perseguição dos EUA.
“Os EUA passaram a perseguir Julian Assange por simplesmente exercer nossa profissão de forma corajosa e digna ao buscar e divulgar documentos que comprovaram os abusos e torturas promovidos pelo exército americano no Afeganistão e Iraque, de forma brilhante. Tanto que suas matérias foram repercutidas pelos maiores jornais do mundo como o New York Times, Le Monde, Guardian, aqui no Brasil Folha de São Paulo, Estadão, Globo, todos eles repercutiram as matérias bem fundamentadas de Julian Assange. A partir daí, começou a sofrer uma perseguição criminosa do governo dos EUA.”
Alguns dos principais jornais do mundo assinaram uma carta em defesa da liberdade de Assange. Entre eles o jornal britânico The Guardian, o estadunidense The New York Times, o espanhol El País, o francês Le Monde e a revista e portal da Alemanha Der Spiegel. Os cinco veículos publicaram entre 2010 e 2011 reportagens sobre os abusos de militares dos EUA no Iraque, com base no material fornecido pelo Wikileaks.
“Obter e divulgar informações quando necessário para o interesse público é parte essencial do trabalho diário de jornalistas. Doze anos após a publicação de ‘Cablegate’ é hora de o governo dos EUA encerrar o processo”, diz a carta.
Carmen Diniz, representando o Comitê de Solidariedade a Cuba, destacou que a perseguição dos EUA não é apenas contra Assange, mas sim contra o jornalismo sério e contra o direito do povo de saber as barbáries cometidas pelo imperialismo norte-americano. “O que eles querem é vingança. Por isso é importante que lutemos por Assange, porque não é só por ele. Se não fosse por ele jamais saberíamos o que acontece em Guantánamo. O que os EUA estão querendo dizer é ‘não falem das nossas tropas porque senão é isso que vai acontecer com vocês’. Nós temos que continuar lutando, seja ele extraditado ou não. Foi o que fizemos com os cinco cubanos presos nos EUA e eles voltaram para Cuba.”
Shipton destacou, ainda, a importância da recente reunião dos BRICS, na África do Sul, que deu ao Bloco uma relevância maior que o chamado G7, com a incorporação dos seis novos membros (Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Argentina, Egito, Irã e Etiópia). “Isso significa que o Brasil é um dos líderes mundiais e o presidente Lula se torna um dos chefes de Estado com força para barrar algumas políticas de Biden”.
O governo dos EUA o acusa de espionagem por ter divulgado arquivos que comprovam crimes de guerra cometidos por militares estadunidenses. Diversos líderes mundo afora têm expressado sua solidariedade a Assange, incluindo Lula e o presidente do México, Andrés Obrador. Também defenderam a liberdade do jornalista os presidentes da Argentina, Guatemala, Chile e Venezuela.
Um dos documentos trazidos a público por Assange e pelo portal WikiLeaks foi o vídeo, gravado desde um helicóptero de guerra Apache, em Bagdá, que registra como dois jornalistas e uma dezena de civis desarmados são assassinados a tiros de metralhadora do helicóptero norte-americano. Entre outros documentos divulgados por Assange há os que comprovam denúncias de torturas infligidas aos presos em Guantánamo, Abu Graib (Iraque) e Bagram (Afeganistão).
RODRIGO LUCAS
والد جوليان أسانج يندد بالاضطهاد الإجرامي الأمريكي للصحفي في ABI
استقبلت رابطة الصحافة البرازيلية، ليلة الجمعة (25)، في مقرها في ريو دي جانيرو، جون شيبتون، والد جوليان أسانج، لإجراء مقابلة معه.
قبل أربع سنوات، ألقي القبض على الصحفي ومؤسس ويكيليكس في لندن، ويعيش منذ ذلك الحين تحت تهديد تسليمه إلى الولايات المتحدة، حيث يمكن أن يحكم عليه بالسجن لمدة تصل إلى 175 عاما لإدانته أمام العالم بالفظائع التي يرتكبها الجيش الأمريكي. في أفغانستان والعراق وغوانتانامو.
تم تنظيم هذا الحدث من قبل ABI بالشراكة مع لجنة التضامن مع كوبا في ريو دي جانيرو.
واستنكر جون شيبتون أن ابنه مسجون منذ 4 سنوات دون ارتكاب أي جريمة، حيث أمضى 22 ساعة في الزنزانة، مع ساعة واحدة فقط للتمرين، بالإضافة إلى الوجبات. "الجهل ليس منفعة لشعوب أو أمم. إن مهمة الصحفي صعبة ونحن نتفهم المخاطر التي تنطوي عليها هذه الوظيفة. منذ أن نشر أسانج مزاعمه، تغيرت الحكومات هنا في أمريكا اللاتينية كثيرًا. وقال جون: "لم تتمكن الولايات المتحدة ووكالاتها من التدخل بنفس الطريقة في الحكم الذاتي للدول، ونحن ندرك في هذه العملية أهمية الصحافة".
صرح رئيس ABI، أوكتافيو كوستا، أنه لشرف كبير أن نستقبل جون شيبتون، الذي يسافر حول العالم دفاعًا عن حرية ابنه ومحاربة الاضطهاد الأمريكي.
"بدأت الولايات المتحدة في اضطهاد جوليان أسانج لمجرد ممارسته مهنتنا بطريقة شجاعة وكريمة، من خلال البحث عن الوثائق التي أثبتت ببراعة الانتهاكات والتعذيب التي روج لها الجيش الأمريكي في أفغانستان والعراق، ونشرها. لدرجة أن قصصه غطتها أكبر الصحف في العالم مثل نيويورك تايمز، ولوموند، والجارديان، وهنا في البرازيل فولها دي ساو باولو، وإستاداو، وجلوبو، وكلها رددت قصص جوليان ذات الأسس المتينة. أسانج. ومنذ ذلك الحين، بدأ يعاني من الاضطهاد الجنائي من قبل حكومة الولايات المتحدة.
ووقعت بعض الصحف الرائدة في العالم رسالة دفاعًا عن حرية أسانج. ومن بينها صحيفة الغارديان البريطانية، وصحيفة نيويورك تايمز الأمريكية، وصحيفة إلباييس الإسبانية، ولوموند الفرنسية، والمجلة والبوابة الألمانية دير شبيغل. ونشرت المنافذ الخمسة بين عامي 2010 و2011 تقارير عن انتهاكات الجيش الأمريكي في العراق، استنادا إلى مواد قدمتها ويكيليكس.
"إن جمع المعلومات والكشف عنها عند الضرورة لتحقيق الصالح العام هو جزء أساسي من العمل اليومي للصحفيين. وجاء في الرسالة: "بعد اثني عشر عامًا من نشر "Cablegate"، حان الوقت للحكومة الأمريكية لإنهاء العملية".
وشددت كارمن دينيز، ممثلة لجنة التضامن مع كوبا، على أن الاضطهاد الأمريكي ليس ضد أسانج فحسب، بل ضد الصحافة الجادة وضد حق الناس في معرفة الأعمال الوحشية التي ترتكبها الإمبريالية الأمريكية. "ما يريدونه هو الانتقام. ولهذا السبب من المهم أن نقاتل من أجل أسانج، لأن الأمر لا يقتصر عليه فقط. ولولاه، لما عرفنا أبداً ما يحدث في غوانتانامو. ما تقوله الولايات المتحدة هو "لا تتحدثوا عن قواتنا وإلا فإن هذا ما سيحدث لكم". علينا أن نواصل القتال سواء تم تسليمه أم لا. وهذا ما فعلناه مع الكوبيين الخمسة الذين اعتقلوا في الولايات المتحدة وعادوا إلى كوبا.
كما سلط شيبتون الضوء على أهمية الاجتماع الأخير لمجموعة البريكس، في جنوب أفريقيا، والذي أعطى الكتلة أهمية أكبر من ما يسمى بمجموعة السبع، مع انضمام الأعضاء الستة الجدد (المملكة العربية السعودية، الإمارات العربية المتحدة، الأرجنتين، مصر، إيران وإثيوبيا). "وهذا يعني أن البرازيل هي واحدة من زعماء العالم وأن الرئيس لولا يصبح أحد رؤساء الدول الذين يتمتعون بالقدرة على عرقلة بعض سياسات بايدن."
وتتهمه الحكومة الأمريكية بالتجسس لنشره ملفات تثبت جرائم حرب ارتكبها أفراد عسكريون أمريكيون. وقد أعرب العديد من القادة في جميع أنحاء العالم عن تضامنهم مع أسانج، بما في ذلك لولا والرئيس المكسيكي أندريس أوبرادور. كما دافع رؤساء الأرجنتين وغواتيمالا وتشيلي وفنزويلا عن حرية الصحفي.
إحدى الوثائق التي نشرها أسانج وبوابة ويكيليكس كانت مقطع فيديو تم تسجيله من مروحية حربية من طراز أباتشي في بغداد، والذي يسجل كيف قُتل صحفيان وعشرات المدنيين العزل بنيران مدفع رشاش من المروحية الأمريكية. ومن بين الوثائق الأخرى التي نشرها أسانج، هناك تلك التي تثبت تقارير عن التعذيب الذي تعرض له السجناء في غوانتانامو وأبو غريب (العراق) وباغرام (أفغانستان).
رودريجو لوكاس
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