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Lula: a parcela democrática dentro da ditadura burguesa brasileiraلولا: الجزء الديمقراطي داخل الديكتاتورية البرجوازية البرازيلية

Lula: a parcela democrática dentro da ditadura burguesa brasileira



 Vimos como se comportara o Estado brasileiro sob o governo do genocida, no qual o povo indiscriminadamente é expulso das instituições, das políticas assistencialistas, da educação nos níveis básico e universitário, do acesso à saúde, à habitação, à cultura, etc., recebendo um salário mínimo que faz alastrar ainda mais a fome e a miséria, o desemprego em massa e por aí vai. Se no capitalismo cada vez mais se concentra a riqueza nas mãos de poucos, sem luta política e econômica, a miséria anda muito mais a galope para o povo e a riqueza para a burguesia. Só para lembrar que foi nesse cenário de golpe que, de uma vez só, os direitos trabalhistas e previdenciários foram retirados das conquistas dos trabalhadores.

A vitória nas urnas frente ao genocida e à extrema direita e parte da direita faz com que a burguesia propagandeia a importância do aspecto eleitoral como a grande obra da democracia burguesa universal, a qual é acompanhada nessa campanha por grande parte da esquerda institucional, senão toda ela. Para nós, o Fora Bolsonaro deveria se dar pelas ruas, e neste sentido seria mil vezes mais democrático. A esquerda gosta de falar em democracia, mas não há melhor defesa dela do que as massas nas ruas, mas isso, último tempo, é de reduzido interesse. Inclusive há denúncias por parte do movimento de esquerda, que partidos do campo popular decidiram em direções nacionais sair da luta nas ruas pelo Fora Bolsonaro para fazer a disputa no campo eleitoral. Decisão essa que claramente demonstra a fragilidade da concepção democrática entendida pela esquerda, a qual tem na base a concepção da burguesia.

As eleições burguesas, ditas democráticas, podem galgar desde as alas mais fascistas da sua classe até representantes do proletariado nacional. Dá-se enorme valor à forma como tudo pode acontecer, não importando o conteúdo daquele que for eleito. No caso do Brasil, Lula, ao se eleger, entra como parcela democrática na ditadura burguesa; já Bolsonaro, pelo contrário, acende ainda mais a ditadura da burguesia, fortalecendo o fascismo, onde o povo se vê ainda mais massacrado do que nunca.

Nessa luta democrática, sem dúvida alguma podemos dizer que a eleição de Lula tem algo significativo nesse aspecto, porém menos do que seria a viabilização do Fora Bolsonaro antes das eleições. Dada a realidade, as posições do governo brasileiro tomadas diante das duas guerras existentes, são vozes democráticas, pois convergem na perspectiva do proletariado e do povo brasileiro; sendo, por isso, a gritaria geral dos monopólios de comunicação, do parlamento bolsonarista e de toda a direita. Mesmo que Lula toma essas falas depois de grande pressão de parte da esquerda ou de países progressistas, o simples fato de acolher essa concepção, repercute no proletariado

No campo de esquerda, a ditadura do proletariado deveria ser algo comum, elemento da verdadeira democracia, como elemento de fundição com o próprio socialismo. Mas essa concepção já tem cerca de 170 anos e ainda dentro dos ditos socialistas e revolucionários, parece ser uma concepção da qual querem se livrar, não colocar a termo, rebaixando a educação proletária. Desse atraso decorre muitos outros, incluindo a formação do próprio partido revolucionário do proletariado, o Partido Leninista.

Sem dúvida, mesmo que a saída do genocida aqui no Brasil ocorreu via eleitoral, o significado de Lula, no executivo do Estado brasileiro, é um filão ou um cheiro de democracia dentro do Estado da ditadura da burguesia. Porém, essa democracia, a qual representa Lula, pode ser fortalecida de várias maneiras, por ele mesmo e pelos seus defensores se assim quiserem, fazendo um enfrentamento nas ações de políticas em prol do povo. Mas pode enfraquecer ainda mais, caso não tenha essa perspectiva e tente conciliar tudo sem uma grande luta. Parece que, nesse quadro interno, o acomodamento e a disposição de acertar tudo, fazer valer a força da burguesia, sem grandes enfrentamentos no parlamento que seja e o abandono das ruas, levará, com certeza, a um futuro sombrio e de desilusões.

Essa condução, sem grandes lutas de massa, sem disputar as pautas que ameaçam a burguesia, de apresentar propostas que contrapõem a base do Estado ditatorial da burguesia como o fim da tutela militar e o acompanhamento da formação e eleição dos dirigentes das forças armadas, a democratização da mídia, que é sem dúvida um quarto poder, e um acompanhamento popular do poder judiciário, a reforma agrária antilatifundiária, reforma urbana, estatização dos minérios, da energia elétrica, da Petrobrás, etc., mesmo no campo da burguesia, é uma luta significativa da democratização do Estado. Ao não fazer isso, o resultado eleitoral favorável à esquerda pode não significar absolutamente nada, a não ser o reforço ainda mais violento da burguesia em geral e do fascismo em particular (extrema direita).

A eleição tornou-se tão importante para a Social Democracia, que o conteúdo de classe foi completamente abandonado. Kautsky para se esconder atrás dessa farsa usa os escritos de Engels que fala: “O sufrágio universal é o barômetro da maturidade da classe operária”. Kautsky esconde o complemento dessa frase de Engels, que diz: “Mas não pode ser e nunca será no Estado de hoje”. É isso que realmente acontece para aqueles que tentam embelezar a democracia burguesa, como se fosse algo puro, a democracia plena. Essa concepção leva ao proletariado a continuidade na escravidão, é isso que fazem.

“Quanto mais desenvolvida a democracia capitalista, mais o parlamento está submetido à bolsa” (Lênin), ou seja, ao domínio do capital financeiro. Se quisermos um exemplo claríssimo disso, é só olhar o parlamento americano que existe para aprovar os projetos daqueles.  E aqui no Brasil, a independência do Banco Central submete ainda mais o parlamento e o governo ao país do Norte. Como se rompe com a burguesia imperialista de lá sem enfrentar a burguesia de cá? Primeiro querer romper, segundo vai precisar da democracia das ruas. Sabemos que Lula não quer romper, quer administrar, quer encontrar um meio termo, quer atender a dois patrões. Nesse sentido, coloca-se na cauda do movimento, submete-se à burguesia e diminui em muito as possibilidades da democracia avançar.

E a mais avançada democracia que o capitalismo pode produzir é a guerra civil, isto é, o proletariado em condições de enfrentar de igual a burguesia na disputa do poder. Por isso a importância da democracia para organizar a classe proletária, uni-la, elevar seu grau de consciência e desorganizar e dividir o inimigo e não para tirar a burguesia da crise. Aí a democracia serve à ditadura da burguesia. Por isso, é preciso desde já, reanimar o movimento de rua, sob as pautas políticas, tal como revogação imediata das contra reformas da previdência e trabalhista, retomada das empresas privatizadas, contra novas privatizações, reforma agrária antilatifundiária. Essas pautas e a luta nas ruas vão colocar em confronto com as instituições fascistas dos Estados, tal como a tutela militar, o monopólio da mídia, o reacionário e seleto judiciário, etc. É como diz Marx: “A revolução avança porque a contra revolução também é uma lei da luta de classes”, a reação e a violência para conter as massas pela burguesia, tem a mesma correspondência no lado do proletariado, que vencerá inevitavelmente.

Se Lula continuar até o fim do seu mandato, sendo essa parcela democrática dentro da ditadura burguesa do Estado brasileiro, é dever dos revolucionários, apoiá-loPorém, sem lutar para que essa democracia avance contra os alicerces da burguesia brasileira e imperialista, causando problemas a toda a direita (inclui-se aqui a extrema direita), aí já é tarefa dos lacaios, dos economicistas de plantão, da Social Democracia, etc. Mas fica claro que nesse um ano de mandato, as luzes do pulsar desta parte democrática são cada vez mais raras e de duração menor, e o movimento de esquerda e sindical tem ajudado para que isso aconteça.

Porém não esqueçamos, que a luta de classes no mundo pegou a rota da crise, das guerras, da violência do imperialismo contra os povos; e o capital financeiro, aliado ou não com as burguesias nacionais de todo o mundo, colocará em ascensão além da violência do Capital a violência revolucionária. Portanto, colocará o proletariado mundial de novo em rota de confronto com seus inimigos de classe, e o elo mais fraco da corrente imperialista logo se verá.

Ousar Lutar, Ousar Vencer.

Pela unidade do proletariado contra a burguesia brasileira e o imperialismo.

Por um programa político para o povo brasileiro.

Contra a guerra imperialista.

لولا: الجزء الديمقراطي داخل الديكتاتورية البرجوازية البرازيلية



لقد رأينا كيف تصرفت الدولة البرازيلية في ظل حكومة الإبادة الجماعية، حيث تم طرد الناس بشكل عشوائي من المؤسسات، وسياسات الرعاية الاجتماعية، والتعليم على المستويين الأساسي والجامعي، والحصول على الصحة، والسكن، والثقافة، وما إلى ذلك، والحصول على الحد الأدنى للأجور الذي ينتشر بشكل أكبر. الجوع والبؤس والبطالة الجماعية وما إلى ذلك. إذا كانت الثروة في الرأسمالية تتركز بشكل متزايد في أيدي قلة من الناس، دون صراع سياسي واقتصادي، فإن البؤس سيكون أكثر انتشارًا بالنسبة للشعب والثروة بالنسبة للبرجوازية. فقط لنتذكر أنه في سيناريو الانقلاب هذا، تم، في ضربة واحدة، انتزاع حقوق العمل والضمان الاجتماعي من إنجازات العمال.

إن الانتصار في صناديق الاقتراع على الإبادة الجماعية واليمين المتطرف وجزء من اليمين يجعل البرجوازية تروج لأهمية الجانب الانتخابي باعتباره العمل العظيم للديمقراطية البرجوازية العالمية، والذي يرافقه في هذه الحملة جزء كبير من اليسار المؤسسي. ، إن لم يكن كلها. بالنسبة لنا، يجب أن تعقد منتديات بولسونارو في الشوارع، وبهذا المعنى ستكون أكثر ديمقراطية بألف مرة. إن اليسار يحب أن يتحدث عن الديمقراطية، ولكن ليس هناك من دفاع أفضل عنها من الجماهير في الشوارع، ولكن هذا في نهاية المطاف لا يشكل أهمية كبيرة. حتى أن هناك شكاوى من الحركة اليسارية من أن أحزابًا من المعسكر الشعبي قررت في اتجاهات وطنية ترك القتال في الشوارع لخوض فورا بولسونارو في المجال الانتخابي. وهذا القرار يظهر بوضوح هشاشة المفهوم الديمقراطي الذي يفهمه اليسار، والذي يقوم على المفهوم البرجوازي.

يمكن أن تتراوح الانتخابات البرجوازية، التي تسمى بالديمقراطية، من الأجنحة الأكثر فاشية في طبقتها إلى ممثلي البروليتاريا الوطنية. هناك قيمة هائلة تعطى للطريقة التي يمكن أن يحدث بها كل شيء، بغض النظر عن محتوى الشخص المنتخب. في حالة البرازيل، دخل لولا، بعد انتخابه، كجزء ديمقراطي من الديكتاتورية البرجوازية. على العكس من ذلك، يعمل بولسونارو على إشعال دكتاتورية البرجوازية، وتعزيز الفاشية، حيث يجد الناس أنفسهم يتعرضون لمذابح أكثر من أي وقت مضى.

في هذا النضال الديمقراطي، يمكننا أن نقول بلا شك إن انتخاب لولا يحمل شيئًا مهمًا في هذا الجانب، لكنه أقل مما ستكون عليه جدوى منتدى بولسونارو قبل الانتخابات. وبالنظر إلى الواقع، فإن مواقف الحكومة البرازيلية في مواجهة الحربين القائمتين هي أصوات ديمقراطية، لأنها تلتقي في منظور البروليتاريا والشعب البرازيلي؛ لذلك، فهو الصراخ العام لاحتكارات الاتصالات والبرلمان البولسوني واليمين كله. على الرغم من أن لولا أدلى بهذه التصريحات بعد ضغوط كبيرة من الدول اليسارية أو التقدمية، إلا أن مجرد قبول هذا المفهوم له تداعيات على البروليتاريا.

في المعسكر اليساري، يجب أن تكون دكتاتورية البروليتاريا شيئًا مشتركًا، عنصرًا من عناصر الديمقراطية الحقيقية، كعنصر اندماج مع الاشتراكية نفسها. لكن هذا المفهوم عمره حوالي 170 عامًا، وحتى داخل ما يسمى بالاشتراكيين والثوريين، يبدو أنه مفهوم يريدون التخلص منه، وليس وضع حد له، وخفض مستوى التعليم البروليتاري. أدى هذا التأخير إلى العديد من الأحداث الأخرى، بما في ذلك تشكيل حزب البروليتاريا الثوري، الحزب اللينيني.

ومما لا شك فيه أنه حتى لو كان خروج الإبادة الجماعية هنا في البرازيل قد تم عبر الانتخابات، فإن أهمية لولا، في السلطة التنفيذية للدولة البرازيلية، هي عرق أو رائحة الديمقراطية داخل دولة الدكتاتورية البرجوازية. إلا أن هذه الديمقراطية، التي يمثلها لولا، من الممكن تعزيزها بعدة طرق، من خلاله هو والمدافعين عنه إذا رغبوا في ذلك، من خلال مواجهة الإجراءات السياسية لصالح الشعب. لكن هذا يمكن أن يضعفك أكثر إذا لم يكن لديك هذا المنظور وتحاول التوفيق بين كل شيء دون صراع كبير. وفي هذا السياق الداخلي، يبدو أن التكيف والاستعداد للقيام بكل شيء على النحو الصحيح، والتأكيد على قوة البرجوازية، من دون مواجهات كبرى في البرلمان أو هجر الشوارع، سيؤدي بالتأكيد إلى مستقبل مظلم وخائب الأمل.

هذا السلوك، دون نضالات جماهيرية كبرى، ودون منازع الأجندات التي تهدد البرجوازية، بتقديم مقترحات تتعارض مع أسس الدولة الديكتاتورية للبرجوازية، مثل إنهاء الوصاية العسكرية ومراقبة تشكيل وانتخاب قادة القوات المسلحة. القوى، ودمقرطة وسائل الإعلام، التي هي بلا شك قوة رابعة، ومرافقة شعبية للسلطة القضائية، والإصلاح الزراعي المناهض لللاتيفونديا، والإصلاح الحضري، وتأميم المعادن والكهرباء وبتروبراس، وما إلى ذلك، حتى في مجال الدولة اللاتينية. إن البرجوازية هي نضال كبير من أجل دمقرطة الدولة. ومن خلال عدم القيام بذلك، فإن النتيجة الانتخابية لصالح اليسار قد لا تعني شيئًا على الإطلاق، باستثناء التعزيز الأكثر عنفًا للبرجوازية بشكل عام والفاشية بشكل خاص (اليمين المتطرف).

أصبحت الانتخابات مهمة للغاية بالنسبة للديمقراطية الاشتراكية لدرجة أنه تم التخلي عن محتوى الفصل بالكامل. ويستخدم كاوتسكي، للاختباء وراء هذه المهزلة، كتابات إنجلز الذي يقول: «إن الاقتراع العام هو مقياس نضج الطبقة العاملة». ويخفي كاوتسكي تكملة هذه الجملة عن إنجلز الذي يقول: «لكنها لا يمكن أن تكون ولن تكون أبدًا في دولة اليوم». وهذا ما يحدث بالفعل لأولئك الذين يحاولون تجميل الديمقراطية البرجوازية، وكأنها ديمقراطية نقية وكاملة. وهذا المفهوم يقود البروليتاريا إلى مواصلة العبودية، وهذا ما يفعلونه.

"كلما كانت الديمقراطية الرأسمالية أكثر تطورا، كلما زاد خضوع البرلمان للمال" (لينين)، أي لهيمنة رأس المال المالي. وإذا أردنا مثالا واضحا جدا على ذلك، فما علينا إلا أن ننظر إلى البرلمان الأمريكي الموجود للموافقة على تلك المشاريع. وهنا في البرازيل، فإن استقلال البنك المركزي يُخضع البرلمان والحكومة للدولة الشمالية. كيف يمكن قطع العلاقة مع البرجوازية الإمبريالية هناك دون مواجهة البرجوازية هنا؟ أولاً، تريد الانفصال، وثانياً، ستحتاج إلى ديمقراطية الشارع. نحن نعلم أن لولا لا يريد الانفصال، بل يريد الإدارة، ويريد إيجاد حل وسط، ويريد خدمة رئيسين. وبهذا المعنى، فإنها تضع نفسها في ذيل الحركة، وتخضع للبرجوازية وتقلل إلى حد كبير من إمكانيات تقدم الديمقراطية.

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