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Viva os 50 anos de fundação do PCR!*عاشت الذكرى الخمسين لتأسيس PCR!

 Viva os 50 anos de fundação do PCR!

É com um profundo sentimento de amor que os comunistas revolucionários do Brasil celebram, neste dia 21 de fevereiro, os 72 anos do nascimento do nosso imortal comandante, o camarada Manoel Lisboa. A sua vida curta, porém, extremamente fecunda, foi toda dedicada a semear, com fé ilimitada, a necessidade da organização de um verdadeiro Partido Comunista Revolucionário e da prática da solidariedade militante no coração generoso dos operários, dos explorados e oprimidos para transformar este mundo desigual e injusto em que vivemos na “terra prometida”, uma terra de justiça e felicidades sem fim, o mundo comunista, que, por necessidade histórica, já vem vindo.

Por isso, com muita honra, festa e trabalho, celebraremos no decorrer do mês de maio e de todo o ano de 2016 os 50 anos da fundação do Partido Comunista Revolucionário (PCR). Um Partido de novo tipo, fundado em maio de 1966, em Recife,  por Manoel Lisboa, Amaro Luiz de Carvalho, Valmir Costa, Selma Bandeira, Ricardo .

Zarattini Filho, entre outros.

Essa histórica reunião, realizada sob rigorosas normas do trabalho político clandestino, pela sua profundidade e significação política, teve a equivalência do seu primeiro Congresso. Aprovou o nome do Partido, o marxismo-leninismo e o centralismo democrático como única doutrina e método válido para guiar o desenvolvimento da luta ideológica e política no interior do Partido, sua linha política, elegeu sua Direção, seu Órgão Central (A Luta), as normas de segurança e política de finanças, tendo como linha básica buscar nas massas fundamentais da revolução a sustentação do PCR e da revolução. A convocação deste evento somente aconteceu depois do pleno esgotamento de uma longa luta ideológica com o CC do PCdoB e da constatação da sua passagem para o revisionismo dos princípios de organização leninistas e para o oportunismo político.

Historicamente, a fundação do PCR veio separar, de modo irreversível, os comunistas revolucionários dos revisionistas e oportunistas de direita e de esquerda no Brasil, seja dos seguidores dos kruschovistas, descarados traidores da revolução bolchevique do proletariado soviético, seja dos seguidores do PC da China, embuçados traidores da revolução do bravo povo trabalhador chinês.

Quem foi Manoel Lisboa de Moura? 

Manoel nasceu no dia 21 de fevereiro de 1944, na cidade de Maceió, Alagoas. Filho de Iracilda Lisboa de Moura e de Augusto de Moura Castro, uma família pertencente à classe média alagoana, em que nada lhe faltava do ponto de vista material. Já como estudante do Liceu, hoje, Colégio Estadual de Alagoas, ainda adolescente, tornara-se um dedicado militante do Grêmio Estudantil da sua escola e da União dos Estudantes Secundaristas de Alagoas (Uesa). Sentia um ardente desejo de estudar filosofia, economia, sociologia, o marxismo-leninismo, para compreender as causas da monstruosa desigualdade social. As gritantes injustiças, as guerras, o sofrimento de milhões de seres humanos sem comida, sem teto para morar, sem poder tratar suas doenças, sem escolas para seus filhos, deixavam-no verdadeiramente indignado.

No final dos anos 1950 e início dos anos 1960, enquanto seus amigos e vizinhos buscavam uma explicação para esta angústia nos sermões dominicais do padre da Paróquia do Farol, bairro onde nascera e morava, Manoel recorria à sede do Partido Comunista, no Centro de Maceió, para comprar livros, para estudá-los como quem degustava uma saborosa refeição, e, imediatamente, sair ao encontro dos amigos, professores e sindicalistas para repassar o conteúdo assimilado em meio a calorosas discussões. Eram obras de Marx, Engels, Lênin, Stálin, Dimitrov, Máximo Gorki, Caio Prado Jr, Jorge Amado, Graciliano Ramos, Nelson Werneck Sodré, etc. Sem demora, Manoel ingressou nas fileiras da Juventude Comunista e do PCB, construindo um intenso e disciplinado trabalho de formação de novos núcleos, novas células para estudar o Manifesto do Partido Comunista. Criou novas frentes de agitação e círculos de contribuintes para sustentar as novas atividades de propaganda e de organização do Partido. Ao ingressar no curso de Medicina da UFAL, Manoel já era um militante revolucionário marxista culto; já como dirigente, tomado de entusiasmo revolucionário, assume o trabalho de construir a organização do Partido em toda a universidade. Assim, procurou valorizar as reivindicações dos servidores, atrair os professores com consciência social para o Partido. Aí dedicou parte das suas energias ao trabalho de unir e mobilizar os estudantes, impulsionando a luta por suas reivindicações mais sentidas, sempre explicitando na sua agitação que os estudantes só alcançarão sua vitória definitiva quando conquistarem a sua organização e marcharem sob a mesma direção e perspectiva do proletariado consciente, expressão das classes trabalhadoras, que é quem tudo produz, inclusive, o sustento das universidades, sem nela poder matricular seus filhos e nem poder habitar nos belos prédios de apartamentos por ela construídos.

Ele fez história

E, para levar estas ideias revolucionárias aos trabalhadores, dedicou-se a escrever para a imprensa do Partido, a imprimir um caráter revolucionário ao trabalho de massa e ao trabalho cultural, por meio de cine-debates, poesias, música, teatro, atividades desenvolvidas no Centro Popular de Cultural (CPC) da União Nacional dos Estudantes (UNE), como forma de elevar o nível de consciência dos estudantes e da classe operária alagoana. Terminou atraindo sempre em torno de si e do Partido as melhores pessoas das camadas mais combativas das massas. Tomou parte em algumas encenações de peças teatrais do tipo A mais-valia vai acabar, seu Edgar, de Vianinha; levou a cabo a apresentação da peça João Ninguém para os operários das docas no Porto das Alagoas, desempenhando, inclusive, o papel de ator e, depois da encenação, coordenava o debate entre a plateia de estivadores sobre a situação de vida da classe operária no Brasil e nos países onde a revolução socialista já tinha triunfado.

Estas atitudes demonstram que Manoel já tinha adquirido a consciência de, para acontecer a revolução, é necessário fundir o socialismo científico ao movimento operário e popular espontâneo. Para isso, o papel dirigente dos militantes e do Partido é fundamental. Ainda apontava para a necessidade de despertar a classe operária para a luta contra a Ditadura Miliar e para a direção do movimento democrático e revolucionário, como condição para o êxito da vitória dos trabalhadores sobre a burguesia. Desta concepção leninista, ele nunca se afastou um milímetro.

No dia do golpe militar fascista de 1º de abril de 1964, sua casa foi invadida por um bando armado de metralhadoras à sua procura. Manoel escapou com vida naquela ocasião graças ao espírito de altivez da sua mãe, Dona Iracilda, que pôs os policiais para fora de casa, dizendo que ele fora ao cinema, enquanto ela urgentemente providenciava um revólver com munição, dinheiro e um transporte para Manoel fazer uma retirada segura, pelo portão dos fundos.

Começa a saga heroica de um jovem revolucionário abnegado, cumpridor das normas de segurança do trabalho político clandestino até o fim de sua existência. Apesar de ter a polícia política o tempo todo no seu encalço, seguia sendo, como sempre foi, um revolucionário apaixonado, bem-humorado, destemido, de tipo leninista, estudando e lutando para transformar a realidade brasileira.

No enfrentamento das dificuldades próprias do trabalho clandestino, tinha especial predileção pelas obras Testemunho ao pé da forca, de Julius Fucik, O que todo revolucionário deve saber sobre a repressão, de Victor Serge, e Se fores preso, camarada, editado pela III Internacional, de Álvaro Cunhal.

Estudava com prazer para se apropriar dos conhecimentos científicos, seja dos autores brasileiros seja dos clássicos do marxismo-leninismo, da literatura internacional, como O Capital, tudo dentro de um disciplinado e metódico plano de estudo, incluindo francês, inglês e alemão. Conhecia bem a obra de Dante Aliglieri (A Divina Comédia) e de Honoré de Balzac (A Comédia Humana). O estudo da literatura e da arte preenchia bem as suas horas vagas deixadas pelas imprevisões da vida clandestina, de modo a ocupar todo o seu tempo. Ainda achava tempo para exercícios físicos e prática de futebol, quando possível; tinha seu time preferido, o Santa Cruz, mas jamais se permitia entrar em discussões sectárias. Pelo contrário, de tudo se servia para permutar e aumentar seus conhecimentos e fortalecer as relações de camaradagem entre companheiros (as).

Graças à sua paixão pelos estudos, pelas questões teóricas da revolução brasileira, sua enérgica militância e ativa participação nos debates orgânicos e conferências do Partido, cedo descobriu, com outros camaradas, que seguir militando no PCB não os levaria à revolução socialista no Brasil, em função do seu reformismo, legalismo e submissão à traição kruschovista, que se apoderou da direção do PCUS, no 20º Congresso, em 1956, e que já caminhava em direção à restauração do capitalismo na URSS. Assim ele enxergava e assim aconteceu depois.

Com seus veteranos camaradas Valmir Costa, Selma Bandeira, Amaro Luiz de Carvalho e dirigentes históricos como Diógenes de Arruda Câmara e Maurício Grabois, entre outros,  passa a trabalhar, com todas as suas energias, pela reorganização do Partido, com o nome de Partido Comunista do Brasil (PCdoB), em 1962, para manter erguida a bandeira do marxismo revolucionário e a perspectiva da revolução socialista no Brasil.

O julgamento da história

Duro foi perceber, logo após o golpe militar fascista de 1964, que o Comitê Central do PCdoB seguia praticamente os mesmos graves desvios revisionistas, agora, de natureza esquerdista e do velho seguidismo automático, só que, agora, em relação ao Partido Comunista da China, e ainda a submissão política à chamada burguesia nacional, como se pode ver no documento lançado à opinião pública, no início do primeiro semestre de 1966, intitulado União de todos os brasileiros para livrar o país da crise, da ditadura e da ameaça neocolonialista, “que até mesmo os setores mais moderados da burguesia poderiam assiná-lo”, criticou Manoel, na época. Do mesmo período, data também a Carta aberta a Fidel, na qual a direção do PCdoB tenta desqualificar a Revolução Cubana e seu líder, Fidel Castro, “para, assim, demonstrar de um modo servil sua ‘fidelidade’ ao PC da China”. Ora, tratava-se de respaldar, sem qualquer discussão, as divergências oportunistas, de cunho geopolítico, próprias das duas potências em marcha disfarçada para o capitalismo-imperialista em que se tornaram, a Rússia e a China e seus respectivos Partidos, o PCUS e o PCCh.

“Foi em abril de 1966 que alguns comunistas revolucionários, prevendo esse desenlace, se rebelaram contra a direção antiproletária do PCdoB”.

“Essa atitude firme e decidida dos comunistas revolucionários, a nossa intransigente decisão de forjar na luta de classe um Partido realmente revolucionário e proletário, de despertar e mobilizar as massas da região mais explorada do país pelos grupos monopolistas, o Nordeste, a inabalável convicção de que somente a guerra popular permitirá a conquista do poder político, tem resultado numa prática revolucionária “imperdoável” para os traidores e renegados dirigentes do PCdoB, que, por essa razão, nos dedicam um ódio sem limites. Têm desenvolvido e propalado contra os comunistas revolucionários toda sorte de mentiras, calúnias e infâmias.” (Editorial de A Luta) – nº 5, abril de 1968.

Recorremos a este documento, que já pertence à história, somente para comprovar a justeza e a inevitabilidade daquela ruptura também revolucionária dos comunistas revolucionários com os carreiristas do PCdoB. Quem poderá duvidar, hoje, da inquestionável degenerescência política e ideológica deste partido enquanto um partido comunista?

Manoel foi o mais destacado construtor do PCR, seu mais sábio e elevado dirigente, até o último instante da sua vida, quando já havia alcançado o mais alto patamar da consciência humana, a consciência comunista, que soberanamente sobrepõe o sentimento individualista, o interesse egoísta dentro si, herdado da cultura do regime da propriedade privada, com a força da sua profunda convicção comunista, da sua vigilante luta ideológica em defesa dos interesses do coletivo, do seu Partido, que representa a esperança da revolução proletária, a possibilidade da emancipação dos explorados e excluídos do Brasil e do mundo.

A interrupção abrupta da heroica vida de Manoel, aos 29 anos, em 04 de setembro de 1973, pelos torturadores fascistas do DOI-Codi, não impediu o desabrochar da sua obra mais importante, o Partido Comunista Revolucionário, que segue construindo o futuro luminoso dos trabalhadores e das trabalhadoras da cidade e do campo e especialmente da sua juventude.

Celebremos em todos os estados a heroica trajetória multiplicando os     efetivos do Partido fundado por Manoel Lisboa para triunfar com a classe operária!

Viva os 50 anos do Partido Comunista Revolucionário! 

Viva os 72 anos do nosso imortal comandante Manoel Lisboa! 

O PCR, vive, luta e avança!

Edival Nunes Cajá, membro do Comitê Central do PCR e presidente do CCML




عاشت الذكرى الخمسين لتأسيس PCR!


بمشاعر الحب العميقة، يحتفل الشيوعيون الثوريون في البرازيل، في 21 شباط/فبراير، بالذكرى الثانية والسبعين لميلاد قائدنا الخالد الرفيق مانويل لشبونة. لقد كرس حياته القصيرة ولكن المثمرة للغاية لزرع، بإيمان غير محدود، الحاجة إلى تنظيم حزب شيوعي ثوري حقيقي وممارسة التضامن الكفاحي في القلوب السخية للعمال والمستغلين والمضطهدين لتحويل هذا العالم. غير المتكافئ وغير العادل الذي نعيش فيه في "أرض الميعاد"، أرض العدالة والسعادة التي لا نهاية لها، العالم الشيوعي، الذي، بسبب الضرورة التاريخية، قادم بالفعل.


ولذلك، وبكل شرف واحتفال وعمل، سنحتفل طوال شهر مايو وطوال عام 2016 بالذكرى الخمسين لتأسيس الحزب الشيوعي الثوري. نوع جديد من الأحزاب، تأسس في مايو 1966، في ريسيفي، على يد مانويل لشبونة، وأمارو لويز دي كارفاليو، وفالمير كوستا، وسلمى بانديرا، وريكاردو زاراتيني فيلهو، وآخرين.


وكان هذا الاجتماع التاريخي، الذي عقد في ظل قواعد صارمة للعمل السياسي السري، لعمقه وأهميته السياسية، بمثابة مؤتمره الأول. وافق على اسم الحزب والماركسية اللينينية والمركزية الديمقراطية باعتبارها العقيدة والطريقة الصالحة الوحيدة لتوجيه تطور النضال الأيديولوجي والسياسي داخل الحزب، وخطه السياسي، وانتخب إدارته، وجهازه المركزي (النضال). والمعايير الأمنية والسياسة المالية، مع أن الخط الأساسي هو طلب الدعم من الجماهير الأساسية للثورة من أجل الثورة الشيوعية والثورة. إن عقد هذا الحدث لم يحدث إلا بعد الاستنفاد الكامل لصراع أيديولوجي طويل مع اللجنة المركزية لحزب العمال الشيوعي وتحقيق انتقالها إلى تحريفية المبادئ التنظيمية اللينينية والانتهازية السياسية.

تاريخياً، أدى تأسيس الحزب الشيوعي الثوري إلى فصل الشيوعيين الثوريين عن التحريفيين والانتهازيين من اليمين واليسار في البرازيل بشكل لا رجعة فيه، سواء من أتباع خروتشوف، الخونة الوقحين للثورة البلشفية للبروليتاريا السوفييتية، أو من أتباع الشيوعيين. الحزب الشيوعي الصيني، الخونة الزائفون لثورة الشعب العامل الصيني الشجاع.


من هو مانويل ليسبوا دي مورا؟


ولد مانويل في 21 فبراير 1944 في مدينة ماسيو، ألاغواس. ابن إيراسيلدا لشبونة دي مورا وأوغستو دي مورا كاسترو، وهي عائلة تنتمي إلى الطبقة الوسطى في ألاغواس، التي لم يكن ينقصها شيء من الناحية المادية. كطالب في المدرسة الثانوية، اليوم، Colégio Estadual de Alagoas، لا يزال مراهقًا، أصبح ناشطًا متفانيًا في اتحاد الطلاب في مدرسته واتحاد طلاب المرحلة الثانوية في Alagoas (Uesa). شعرت برغبة شديدة في دراسة الفلسفة والاقتصاد وعلم الاجتماع والماركسية اللينينية لفهم أسباب عدم المساواة الاجتماعية الوحشية. إن الظلم الصارخ، والحروب، ومعاناة الملايين من البشر بدون طعام، وبدون سقف فوق رؤوسهم، ودون القدرة على علاج أمراضهم، وبدون مدارس لأطفالهم، جعلته ساخطًا حقًا.


في أواخر الخمسينيات وأوائل الستينيات، بينما كان أصدقاؤه وجيرانه يبحثون عن تفسير لهذا الألم في خطب يوم الأحد للكاهن من باروكيا دو فارول، الحي الذي ولد وعاش فيه، توجه مانويل إلى مقر الحزب الشيوعي، في وسط ماسيو، لشراء الكتب، ودراستها مثل شخص يستمتع بوجبة لذيذة، والخروج على الفور للقاء الأصدقاء والمدرسين والنقابيين لمراجعة المحتوى الذي تم استيعابه وسط المناقشات الساخنة. كانت أعمال ماركس، وإنجلز، ولينين، وستالين، وديميتروف، وماكسيمو غوركي، وكايو برادو جونيور، وخورخي أمادو، وجراسيليانو راموس، ونيلسون فيرنيك سودري، وما إلى ذلك. وبدون تأخير، انضم مانويل إلى صفوف الشباب الشيوعي والمجلس الشعبي البرازيلي، وقام ببناء عمل مكثف ومنضبط لتشكيل نوى جديدة، وخلايا جديدة لدراسة بيان الحزب الشيوعي. لقد خلقت جبهات جديدة من التحريض ودوائر من المساهمين لدعم الأنشطة الدعائية والتنظيمية الجديدة للحزب. عندما التحق بدورة الطب في جامعة UFAL، كان مانويل بالفعل ناشطًا ثوريًا ماركسيًا مثقفًا؛ كقائد، مملوء بالحماس الثوري، تولى العمل على بناء منظمة الحزب في جميع أنحاء الجامعة. وهكذا، سعى إلى تقدير مطالب موظفي الخدمة المدنية وجذب المعلمين الواعين اجتماعيًا إلى الحزب. هناك كرس جزءًا من طاقته للعمل على توحيد وتعبئة الطلاب، وتعزيز النضال من أجل مطالبهم القلبية، موضحًا دائمًا في تحريضه أن الطلاب لن يحققوا انتصارهم النهائي إلا عندما ينتصرون على منظمتهم ويسيرون في نفس الاتجاه. ومنظور البروليتاريا الواعية، التعبير عن الطبقات العاملة، التي تنتج كل شيء، بما في ذلك دعم الجامعات، دون أن تتمكن من تسجيل أبنائها فيها أو العيش في المباني السكنية الجميلة التي بنتها.

ومن أجل جلب هذه الأفكار الثورية إلى العمال، كرس نفسه للكتابة لصحافة الحزب، ولإضفاء طابع ثوري على العمل الجماهيري والعمل الثقافي، من خلال المناقشات السينمائية، والشعر، والموسيقى، والمسرح، والأنشطة التي تم تطويرها في مركز الثقافة الشعبية. مركز (CPC) للاتحاد الوطني للطلاب (UNE)، كوسيلة لرفع مستوى وعي الطلاب والطبقة العاملة في ألاغواس. وانتهى به الأمر دائمًا إلى جذب أفضل الأشخاص من الفئات الأكثر قتالية بين الجماهير حوله وحول الحزب. شارك في بعض العروض المسرحية مثل A mais-valia vai termina، seu Edgar، بواسطة Vianinha؛ قام بأداء مسرحية "جواو لا أحد" لعمال الرصيف في بورتو داس ألاغواس، حتى أنه لعب دور ممثل، وبعد العرض، قام بتنسيق النقاش بين جمهور عمال الرصيف حول الوضع المعيشي للطبقة العاملة في البرازيل وفي البلدان التي انتصرت فيها الثورة الاشتراكية بالفعل.


تثبت هذه المواقف أن مانويل كان قد اكتسب بالفعل الوعي بأنه لكي تحدث الثورة، من الضروري دمج الاشتراكية العلمية مع الحركة العمالية والشعبية العفوية. ولهذا السبب، يعد الدور القيادي للناشطين والحزب أمرًا أساسيًا. كما أشار إلى ضرورة إيقاظ الطبقة العاملة للنضال ضد الدكتاتورية العسكرية وقيادة الحركة الديمقراطية والثورية، كشرط لنجاح انتصار العمال على البرجوازية. ولم يخرج عن هذا المفهوم اللينيني قيد أنملة.


وفي يوم الانقلاب العسكري الفاشي في الأول من أبريل عام 1964، تم اقتحام منزله من قبل مجموعة مسلحة بالرشاشات تبحث عنه. ونجا مانويل بتلك المناسبة من النجاة بفضل الروح المتغطرسة لوالدته دونا إيراسيلدا التي طردت الشرطة من المنزل قائلة إنه ذهب إلى السينما، فيما زودته على وجه السرعة بمسدس بالذخيرة والمال ووسائل النقل. ليسافر مانويل إلى انسحاب آمن عبر البوابة الخلفية.


تبدأ الملحمة البطولية للثوري الشاب المتفاني، الذي يلتزم بقواعد السلامة في العمل السياسي السري حتى نهاية وجوده. وعلى الرغم من مطاردة الشرطة السياسية له طوال الوقت، فقد ظل، كما كان دائمًا، ثوريًا شغوفًا وذو روح الدعابة وشجاعًا، من النوع اللينيني، يدرس ويناضل من أجل تغيير الواقع البرازيلي.


وفي مواجهة الصعوبات المتأصلة في العمل السري، كان لديه ولع خاص بالأعمال "شهادة عند سفح المشنقة"، بقلم يوليوس فوتشيك، و"ما يجب أن يعرفه كل ثوري عن القمع"، بقلم فيكتور سيرج، و"إذا تم القبض عليك أيها الرفيق"، فقد نشر بواسطة الدولية الثالثة، بقلم ألفارو كونيهال.


لقد صنع التاريخ

درس بكل سرور ليكتسب المعرفة العلمية، سواء من المؤلفين البرازيليين أو كلاسيكيات الماركسية اللينينية، والأدب العالمي، مثل رأس المال، كل ذلك ضمن خطة دراسية منضبطة ومنهجية، بما في ذلك الفرنسية والإنجليزية والألمانية. كان يعرف جيدًا أعمال دانتي أليجلييري (الكوميديا ​​الإلهية) وأونوريه دي بلزاك (الكوميديا ​​الإنسانية). ملأت دراسة الأدب والفن ساعات فراغه التي خلفتها تقلبات الحياة السرية، لتستهلك كل وقته. كان لا يزال يجد وقتًا لممارسة التمارين البدنية وممارسة كرة القدم، عندما يكون ذلك ممكنًا؛ كان لديه فريقه المفضل، سانتا كروز، لكنه لم يسمح لنفسه أبدا بالدخول في مناقشات طائفية. على العكس من ذلك، كان كل شيء يستخدم للتبادل وزيادة المعرفة وتقوية علاقات الصداقة الحميمة بين الرفاق.


بفضل شغفه بالدراسات، وبالقضايا النظرية للثورة البرازيلية، وكفاحيته النشطة ومشاركته النشطة في المناقشات والمؤتمرات العضوية للحزب، سرعان ما اكتشف، مع رفاق آخرين، أن الاستمرار في النضال في الحزب الشيوعي البرازيلي لن يقودهم إلى الثورة الاشتراكية في البرازيل، في إطار إصلاحيتها وقانونيتها واستسلامها لخيانة خروتشوف، التي تولت قيادة الحزب الشيوعي السوفييتي، في المؤتمر العشرين عام 1956، والتي كانت تتحرك بالفعل نحو استعادة الرأسمالية في الاتحاد السوفييتي. . هكذا رأى الأمر، وهذا ما حدث لاحقًا.


مع رفاقه المخضرمين فالمير كوستا، سلمى بانديرا، أمارو لويز دي كارفالو وقادة تاريخيين مثل ديوجينيس دي أرودا كامارا وموريسيو جرابوا، من بين آخرين، بدأ العمل بكل طاقته من أجل إعادة تنظيم الحزب تحت اسم. من الحزب الشيوعي البرازيلي (PCdoB)، في عام 1962، للحفاظ على علم الماركسية الثورية ومنظور الثورة الاشتراكية في البرازيل مرفوعاً.


حكم التاريخ


كان من الصعب أن ندرك، مباشرة بعد الانقلاب العسكري الفاشي عام 1964، أن اللجنة المركزية للحزب الشيوعي البرازيلي اتبعت عمليا نفس الانحرافات التحريفية الخطيرة، ذات الطبيعة اليسارية الآن والتابعة التلقائية القديمة، الآن فقط، فيما يتعلق بالحزب الشيوعي. الصين، وكذلك الخضوع السياسي لما يسمى بالبرجوازية الوطنية، كما يتبين من الوثيقة التي صدرت للرأي العام، في بداية النصف الأول من عام 1966، بعنوان اتحاد جميع البرازيليين لتحرير البلاد من الأزمة، وانتقد مانويل في ذلك الوقت الدكتاتورية والتهديد الاستعماري الجديد، "الذي يمكن حتى للقطاعات الأكثر اعتدالا من البرجوازية التوقيع عليه". تعود الرسالة المفتوحة إلى فيدل أيضًا إلى الفترة نفسها، التي حاولت فيها قيادة الحزب الشيوعي الكوبي استبعاد الثورة الكوبية وزعيمها فيدل كاسترو، "من أجل إظهار "ولائها" بهذه الطريقة بطريقة خانعة". إلى جهاز الكمبيوتر الصيني”. الآن، كان الأمر يتعلق بدعم، دون أي نقاش، الخلافات الانتهازية ذات الطبيعة الجيوسياسية، النموذجية للقوتين في المسيرة المقنعة نحو الرأسمالية الإمبريالية التي أصبحتا عليها، روسيا والصين وحزبيهما، CPSU والحزب الشيوعي الصيني.


"في أبريل 1966، تمرد بعض الشيوعيين الثوريين، الذين توقعوا هذه النتيجة، ضد القيادة المناهضة للبروليتاريا لحزب العمال الشيوعي".


"هذا الموقف الحازم والحازم للشيوعيين الثوريين، وقرارنا الذي لا هوادة فيه لتشكيل حزب ثوري وبروليتاري حقيقي في الصراع الطبقي، لإيقاظ وتعبئة جماهير المنطقة الأكثر استغلالًا في البلاد من قبل المجموعات الاحتكارية، والشمال الشرقي، والطبقة التي لا تتزعزع". إن الاقتناع بأن الحرب الشعبية وحدها هي التي ستسمح بالاستيلاء على السلطة السياسية، قد أدى إلى ممارسة ثورية "لا تغتفر" للخونة والقادة المنشقين في PCdoB، الذين، لهذا السبب، يكرسون لنا كراهية غير محدودة. لقد طوروا ونشروا كل أنواع الأكاذيب والافتراءات والعار ضد الشيوعيين الثوريين. (افتتاحية لوتا) – العدد 5، أبريل 1968.


إننا نلجأ إلى هذه الوثيقة، التي تنتمي بالفعل إلى التاريخ، فقط لإثبات عدالة وحتمية هذا الانفصال الثوري أيضًا بين الشيوعيين الثوريين والوصوليين في الحزب الشيوعي. ومن يستطيع أن يشك اليوم في الانحطاط السياسي والأيديولوجي الذي لا جدال فيه لهذا الحزب كحزب شيوعي؟


لقد كان مانويل أبرز منشئي الحزب الشيوعي ، وزعيمه الأكثر حكمة وسموًا، حتى اللحظة الأخيرة من حياته، عندما كان قد وصل بالفعل إلى أعلى مستوى من الوعي الإنساني، الوعي الشيوعي، الذي يتجاوز بشكل سيادي الشعور الفردي، والمصلحة الأنانية داخل نفسه. ، الموروث من ثقافة نظام الملكية الخاصة، بقوة قناعته الشيوعية العميقة، ونضاله الأيديولوجي اليقظ في الدفاع عن المصالح الجماعية، عن حزبه، الذي يمثل أمل الثورة البروليتارية، وإمكانية تحرير المستغلين والمستبعدين من البرازيل والعالم.


إن الانقطاع المفاجئ لحياة مانويل البطولية، وهو في التاسعة والعشرين من عمره، في 4 سبتمبر 1973، على يد الجلادين الفاشيين التابعين لـ DOI-Codi، لم يمنع ازدهار أهم أعماله، الحزب الشيوعي الثوري، الذي يواصل البناء. المستقبل المشرق لعمال المدن والريف وخاصة شبابهم.


دعونا نحتفل في جميع الولايات بالمسار البطولي الذي ضاعف عدد أعضاء الحزب الذي أسسه مانويل لشبونة لينتصر مع الطبقة العاملة!


عاشت الذكرى الخمسين للحزب الشيوعي الثوري!


عاشت الذكرى الـ 72 لميلاد قائدنا الخالد مانويل لشبونة!


يعيش PCR ويقاتل ويتقدم!


إديفال نونيس كاجا، عضو اللجنة المركزية لحزب PCR ورئيس CCML

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