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Opinião — Justiça Fiscal: Nem Esquerda, Nem Direita Estão Certas*Urias Rocha BR


A VERDADE E A JUSTIÇA PRECISA VIR A TONA...

Opinião — Justiça Fiscal: 

Nem Esquerda, Nem Direita Estão Certas

Por Urias Rocha BR – Jornalista independente e membro da ADESG

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A política fiscal brasileira vive uma crise de coerência e justiça. De um lado, a direita defende a manutenção de um sistema regressivo, onde bilionários pagam proporcionalmente muito menos impostos do que trabalhadores assalariados. Do outro, a esquerda propõe isenção quase total para boa parte da classe média baixa, desonerando-a completamente da contribuição tributária. Ambos os lados erram ao tratar a carga tributária como uma punição — ou um favor — e não como uma responsabilidade cívica compartilhada.

A realidade injusta do sistema atual

Atualmente, trabalhadores assalariados que recebem a partir de R$ 4.664,68 por mês pagam a alíquota máxima de 27,5% de Imposto de Renda, enquanto lucros e dividendos — muitas vezes recebidos por empresários, rentistas e acionistas — são isentos de tributação desde 1996. A título de comparação, nos Estados Unidos e em grande parte da Europa, lucros e dividendos são amplamente taxados, com alíquotas que variam de 15% a 50%, dependendo do país e do tipo de rendimento.

Segundo dados do Instituto de Justiça Fiscal (IJF) e da OCDE, o Brasil está entre os países que mais tributam o consumo e a renda do trabalho e menos tributam renda de capital. O 1% mais rico da população brasileira concentra quase 30% da renda nacional, mas paga proporcionalmente menos impostos do que a classe média.

Os equívocos da direita: proteção dos ultrarricos

O discurso da direita muitas vezes se ancora no argumento da “fuga de capitais” e da necessidade de proteger o “empreendedorismo”. No entanto, o que se vê na prática é a blindagem de patrimônios bilionários que muitas vezes não geram empregos ou inovação na mesma proporção de seus lucros. A defesa de uma alíquota simbólica de 2% sobre grandes fortunas ou lucros de capital é uma falácia: um país que permite isso cria uma casta econômica inalcançável pela tributação — e pela justiça.

Nos EUA, por exemplo, o imposto sobre lucros de capital chega a 37% no nível federal, somado a impostos estaduais que variam de 5% a 13%, dependendo do estado. A Europa, em países como França e Dinamarca, impõe tributos sobre grandes fortunas e dividendos que ultrapassam os 45%.

Os equívocos da esquerda: isenção absoluta

Por outro lado, a proposta da esquerda de isentar da cobrança do Imposto de Renda todos os brasileiros que ganham até R$ 5 mil mensais também apresenta problemas. Ao eliminar completamente a contribuição de um segmento expressivo da sociedade, desarticula-se o princípio da solidariedade fiscal, no qual todos contribuem, ainda que de forma proporcional à sua capacidade.

A Constituição brasileira, em seu artigo 145, §1º, já estabelece que os impostos devem ser progressivos e proporcionais à capacidade contributiva. Ou seja, ninguém deve ser excluído do dever cívico de contribuir — apenas deve fazê-lo conforme seus meios.

Uma proposta de equilíbrio e justiça

O que o Brasil precisa não é de mais isenções ou privilégios, mas de equidade fiscal. Uma reforma tributária justa deve:

1. Aplicar uma alíquota simbólica de 2% para quem ganha até R$ 5 mil, com escalonamento progressivo conforme a tabela atual da Receita Federal.

2. Tributar lucros e dividendos em pelo menos 30%, como ocorre em países desenvolvidos.

3. Cobrar adicional estadual de 13% sobre lucros de capital, operações de apostas (bets), fintechs e lucros reais, conforme o local onde a empresa opera — algo já praticado nos Estados Unidos.

4. Criar faixas reais de tributação sobre grandes fortunas, heranças e patrimônios ocultos, com mecanismos rigorosos de combate à evasão e à elisão fiscal.

Conclusão

Nem o populismo fiscal da esquerda, que busca aliviar o contribuinte médio ao custo do desfinanciamento do Estado, nem o elitismo tributário da direita, que protege os ultrarricos com base em teses neoliberais obsoletas, são respostas aceitáveis. A verdadeira justiça fiscal exige equilíbrio, transparência, responsabilidade e coragem política.

Se queremos um país mais justo, precisamos reformar o sistema tributário não para isentar ou proteger, mas para responsabilizar com proporcionalidade. Cada cidadão deve contribuir, cada empresa deve pagar, e cada fortuna deve ser tributada com rigor. Essa é a base de uma democracia madura e funcional.

Por Urias Rocha BR

Jornalista independente e membro da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG)

Campo Grande - MS

Obs.: Não deixa de compartilhar, e todos jornalista estão autorizado a republicar.

urias150209@gmail.com 

Urias Rocha BR



يجب أن تظهر الحقيقة والعدالة إلى العلن...

رأي — العدالة الضريبية:
لا اليسار محق، ولا اليمين كذلك

بقلم: أورياس روشا (صحفي مستقل وعضو في جمعية خريجي المدرسة العليا للحرب - ADESG)


أزمة النظام الضريبي البرازيلي

تشهد السياسة الضريبية في البرازيل أزمة حقيقية من حيث الاتساق والعدالة. فمن جهة، يدافع اليمين عن الحفاظ على نظام رجعي، يدفع فيه أصحاب المليارات ضرائب أقل نسبيًا من العمال ذوي الأجور. ومن جهة أخرى، يقترح اليسار إعفاء شبه كامل للطبقة المتوسطة الدنيا من المساهمة الضريبية. كلا الطرفين يخطئ في اعتبار الضرائب إما عقوبة أو منّة، وليس مسؤولية مدنية مشتركة.


الواقع غير العادل للنظام الحالي

حالياً، يدفع العمال الذين يتقاضون رواتب شهرية تتجاوز 4,664.68 ريالاً برازيلياً الحد الأقصى لضريبة الدخل بنسبة 27.5%، في حين تُعفى الأرباح وتوزيعات الأسهم، التي يحصل عليها رجال الأعمال والمستثمرون والمساهمون، من الضرائب منذ عام 1996.
للمقارنة، تفرض الولايات المتحدة ومعظم دول أوروبا ضرائب على الأرباح وتوزيعات الأرباح تتراوح بين 15% إلى 50%، حسب البلد ونوع الدخل.

ووفقاً لمعهد العدالة الضريبية (IJF) ومنظمة التعاون والتنمية الاقتصادية (OECD)، فإن البرازيل تعد من أكثر الدول فرضاً للضرائب على الاستهلاك والدخل من العمل، وأقلها فرضاً للضرائب على دخل رأس المال. كما يملك 1% من أغنى السكان نحو 30% من إجمالي الدخل القومي، ومع ذلك يدفعون ضرائب أقل نسبيًا من الطبقة المتوسطة.


أخطاء اليمين: حماية فاحشي الثراء

يعتمد خطاب اليمين كثيرًا على حجة "هروب رؤوس الأموال" وضرورة حماية "روح المبادرة". لكن ما يُشاهد على أرض الواقع هو تحصين ثروات ضخمة لا تساهم في توليد وظائف أو ابتكار بما يتناسب مع أرباحها.
الدفاع عن فرض نسبة رمزية 2% على الثروات الكبيرة والأرباح الرأسمالية هو تضليل: بلد يسمح بذلك يخلق طبقة اقتصادية لا تطالها الضرائب – ولا العدالة.

في الولايات المتحدة، تصل ضريبة الأرباح الرأسمالية إلى 37% على المستوى الفيدرالي، مضافاً إليها ضرائب الولاية التي تتراوح بين 5% إلى 13% حسب الولاية. أما في أوروبا، في دول مثل فرنسا والدنمارك، فتتجاوز الضرائب على الثروات وتوزيعات الأرباح نسبة 45%.


أخطاء اليسار: الإعفاء المطلق

في المقابل، فإن اقتراح اليسار بإعفاء كل من يقل دخله الشهري عن 5,000 ريال برازيلي من ضريبة الدخل يطرح إشكاليات أيضاً. إذ أن هذا يعطل مبدأ التضامن الضريبي الذي يفترض أن يشارك الجميع في تمويل الدولة، كل حسب قدرته.

وقد نص الدستور البرازيلي في المادة 145، الفقرة الأولى، على أن الضرائب يجب أن تكون تصاعدية ومتناسبة مع القدرة على الدفع. أي أن لا أحد يجب أن يُعفى من الواجب المدني في المساهمة، ولكن يُراعى مستوى دخله.


مقترح للتوازن والعدالة

ما تحتاجه البرازيل ليس إعفاءات جديدة أو امتيازات، بل عدالة ضريبية حقيقية. وتتمثل معالم إصلاح ضريبي عادل في:

  1. فرض نسبة رمزية قدرها 2% على من يكسب حتى 5,000 ريال شهريًا، مع تصاعد تدريجي وفق جدول الضرائب الحالي.

  2. فرض ضريبة بنسبة لا تقل عن 30% على الأرباح وتوزيعات الأسهم، كما في الدول المتقدمة.

  3. تطبيق ضريبة إضافية بنسبة 13% على مستوى الولاية على الأرباح الرأسمالية، شركات المراهنات (bets)، شركات التكنولوجيا المالية (fintechs)، والأرباح الحقيقية، حسب مكان عمل الشركة – كما هو مطبق في الولايات المتحدة.

  4. إنشاء شرائح ضريبية حقيقية للثروات الكبرى، والميراث، والثروات المخفية، مع وضع آليات صارمة لمكافحة التهرب والتلاعب الضريبي.


خاتمة

لا شعبوية اليسار الضريبية التي تهدف إلى تخفيف العبء عن المواطن العادي على حساب تفريغ خزينة الدولة، ولا نخبوية اليمين الاقتصادية التي تحمي الأغنياء تحت ذرائع ليبرالية قديمة، تمثل حلاً مقبولاً.
إن العدالة الضريبية الحقيقية تتطلب التوازن، والشفافية، والمسؤولية، والشجاعة السياسية.

إذا أردنا بلداً أكثر عدلاً، علينا إصلاح النظام الضريبي ليس لإعفاء أحد أو حمايته، بل لتحميل الجميع مسؤولية حسب قدرتهم.
كل مواطن يجب أن يساهم، وكل شركة يجب أن تدفع، وكل ثروة يجب أن تُفرض عليها ضرائب بصرامة.
هذه هي أسس ديمقراطية ناضجة وقادرة على العمل.


✍️ بقلم: أورياس روشا (Urias Rocha BR)
صحفي مستقل وعضو في جمعية خريجي المدرسة العليا للحرب (ADESG)
كامبو غراندي - ولاية ماتو غروسو دو سول

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