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Plantão Palestina Governo brasileiro se soma a monarquias árabes e assina carta que pede desarmamento do Hamas

 Plantão Palestina

Governo brasileiro se soma a monarquias árabes e assina carta que pede desarmamento do Hamas
Ao contrário do que afirmam todos os participantes da conferência, a violência extrema contra o povo palestino não está condicionada pela presença de grupos de resistência armados e combativos, como o Hamas.
por Redação de AND
7 de agosto de 2025

O governo brasileiro se somou à retórica de países imperialistas e monarquias árabes lacaias e assinou no dia 29 de julho, uma carta que pede o desarmamento do Hamas, a saída do grupo da Faixa de Gaza e o controle do território pela “Autoridade Palestina”, grupo que colabora com a entidade sionista de Israel na repressão aos próprios palestinos. O documento foi assinado na Conferência de Alto Nível das Nações Unidas sobre a Questão Palestina, em Nova Iorque, presidida pela França e Arábia Saudita.

A declaração também representa a primeira condenação explícita e formal por parte das monarquias árabes à operação Dilúvio de Al-Aqsa e defende a “solução de dois Estados” como única possibilidade de resolução da questão Palestina, contrariando diretamente a opinião dos palestinos que apoiam o 7 de outubro e os apelos do conjunto das massas árabes e de suas organizações de resistência que clamam e lutam pelo fim da entidade sionista.

Segundo uma pesquisa do instituto Mundo Árabe para Pesquisa e Desenvolvimento feita entre os dias 31 de outubro e 7 de novembro de 2023, somente 17,2% dos 668 palestinos entrevistados concordam com a solução de “dois Estados”.

O resultado é corroborado por uma pesquisa do mesmo ano do Centro Palestino de Pesquisas em Política e Estudos de Opinião, que mostrou que 71% dos palestinos acham essa alternativa inviável devido aos colonos israelenses que o Estado sionista promove há anos. Eles entendem que esses colonos, armados e treinados por Israel, continuarão com a violação do território palestino e limpeza étnica para expansão das fronteiras israelenses.

Uma outra pesquisa do mesmo centro, feita em 2024, mostra que 71% dos palestinos classificam a decisão de lançar a operação militar como correta, 72% apoiavam o Hamas na época e 64% tinham expectativas de que o movimento se levantaria vitorioso depois da guerra. Até hoje, o Hamas tem muito apoio em Gaza. Segundo a própria imprensa israelense, a força militar do Hamas – a mesma que o governo brasileiro quer acabar – recrutou novos 40 mil combatentes esse ano.

Já a noção de que o poder político na Palestina deve ser cedido integralmente à chamada “Autoridade Palestina” fere os recém negociados Acordos de Pequim, nos quais todas as organizações palestinas, inclusive o Fatah – partido que compõe a Autoridade Palestina – firmaram o compromisso de compor um governo de unidade nacional após o fim da guerra.

‘Ignorância e cumplicidade’
Para o palestino e coordenador da rede Amigos da Palestina, Habib Omar, “os apelos para que o Hamas saia de Gaza expõem duas coisas: primeiro, a ignorância da comunidade palestina e seus componentes; segundo, a cumplicidade com o terrível genocídio israelense em curso em Gaza e os planos de limpeza étnica na Cisjordânia.”

Essa não é a primeira vez que o governo brasileiro condena a resistência armada do povo palestino à ocupação. O Ministério das Relações Exteriores já havia classificado em nota pública o Hamas como terrorista, como também fez o próprio Luiz Inácio em mais de um discurso. Com essa assinatura, o governo brasileiro apenas reitera seu posicionamento irremediavelmente contrário a toda iniciativa de resistência armada do povo palestino, e consequentemente contra o direito e vontade desse mesmo povo.

“O que as pessoas ao redor do mundo precisam entender é que os movimentos palestinos, especialmente o Hamas, a Jihad, o Fatah e outros, são movimentos de base com centenas de milhares de seguidores e ativistas por toda a Palestina e na diáspora”, explica o palestino Omar. “O Hamas não é um time de futebol que você coloca em um ônibus e manda para fora de Gaza. Eles estão envolvidos em todos os detalhes da vida palestina, assim como o Fatah ou a esquerda. Ninguém pode extirpá-los assim! E eles nunca migrarão voluntariamente da Palestina, apesar dos crimes horríveis e bárbaros de Israel.”

Povos discordam de governos e monarquias
A postura das monarquias árabes está em conformidade com o histórico das classes dominantes desses países, profundamente ligadas aos interesses ianques e hostis à luta revolucionária na região. Havia, no período anterior ao Dilúvio Al-Aqsa, uma tendência clara de aproximação entre esses estados lacaios e Israel. Em 2020, o Bahrein e os Emirados Árabes Unidos normalizaram as relações com a entidade sionista. No início de 2023, esse último firmou um acordo de livre comércio com o Estado israelense e a Arábia Saudita também estava avançando para normalizar relações.

Foi apenas com o aprofundamento do genocídio contra o povo palestino que essa tendência foi parcialmente interrompida devido à necessidade de manter uma fachada de solidariedade frente à indignação das proprias massas populares. Mesmo assim, o comportamento traidor desses países continuou a se manifestar. É notório o caso em que Jordânia, Arábia Saudita e Emirados Árabes auxiliaram Israel a furar o bloqueio marítimo realizado pelo movimento iemenita Ansarallah, garantindo uma rota de transporte de mercadorias por terra. A Jordânia também interceptou mísseis do Irã lançados contra o território israelense em 2024 e 2025.

A posição dos imperialistas e das monarquias árabes não reflete a das massas populares desses países. Apenas 8% do povo francês concorda com a postura de seu governo em relação ao assunto, enquanto 37% consideram Israel um projeto colonial. No Reino Unido, essa tendência também existe e pode ser constatada pelas gigantescas manifestações em defesa do povo palestino que ocorrem nos últimos anos, chegando a reunir 600 mil pessoas em Londres esse ano.

Origem da violência
Ao contrário do que afirmam todos os participantes da conferência, a violência extrema contra o povo palestino não está condicionada pela presença de grupos de resistência armados e combativos, como o Hamas. A Nakba, processo em que 750.000 palestinos foram expulsos de suas terras em meio a diversos massacres, é anterior a qualquer organização armada palestina de peso se estabelecer.

Já a colonização e roubo de terras na Cisjordânia ocorre de forma crescente e ininterrupta desde 1967 e as tentativas conciliatórias de parar esse processo, como os Acordos de Oslo, se mostraram inúteis frente ao expansionismo israelense. É devido a esse histórico que grupos de resistência nacional como o Hamas compreendem que o único fim definitivo possível para a guerra na região é a destruição política e militar da ocupação sionista.

“Os apelos para desarmar o Hamas não são novidade para o povo palestino, nem para os países árabes vizinhos. A lógica básica dos humanos diz que devemos aprender com nossos erros. Quando a OLP aceitou desarmar suas tropas, massacres impensáveis aconteceram com os palestinos no Líbano, e Sabra e Chatila são apenas um exemplo”, diz Omar, em referência à chacina de palestinos no campo de refugiados Sabra e Chatila, no Líbano, que terminou com cerca de 3,5 mil palestinos assassinados por paramilitares israelenses.

“O minuto em que o Hamas depor as armas, hipoteticamente falando, será o mesmo minuto em que as forças bárbaras israelenses iniciarão a limpeza étnica de Gaza em plena luz do dia, e ninguém dirá nada. A comunidade internacional não conseguiu impedir a fome em massa de 2 milhões de pessoas que estão morrendo ao vivo na TV há vários meses, e não faria nada no futuro.”

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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O jornal A Nova Democracia, nos seus mais de 20 anos de existência, mantém inalterada sua combatividade, denunciando a política semicolonial e latifundista aplicada pelas velhas instituições e os governos de turno, com análise científica da realidade social; assim como, instrui a luta popular levantando a necessidade de uma nova democracia: nova economia, nova política e nova cultura.

عاجل فلسطين
الحكومة البرازيلية تنضم إلى الملكيات العربية وتوقع رسالة تطالب بنزع سلاح حماس

على عكس ما يزعم جميع المشاركين في المؤتمر، فإن العنف المفرط ضد الشعب الفلسطيني لا يرتبط بوجود جماعات مقاومة مسلحة ومناضلة، مثل حركة حماس.

بقلم هيئة تحرير صحيفة A Nova Democracia
7 آب/أغسطس 2025

انضمت الحكومة البرازيلية إلى خطاب الدول الإمبريالية والملكيات العربية العميلة، ووقعت في 29 تموز/يوليو رسالة تطالب بنزع سلاح حركة حماس، وخروج الحركة من قطاع غزة، ووضع القطاع تحت سيطرة ما يسمى بـ"السلطة الفلسطينية"، وهي الجهة التي تتعاون مع الكيان الصهيوني في قمع الفلسطينيين أنفسهم. وقد تم توقيع الوثيقة في المؤتمر رفيع المستوى للأمم المتحدة حول القضية الفلسطينية في نيويورك، برئاسة فرنسا والسعودية.

كما تمثل هذه الرسالة أول إدانة صريحة ورسمية من قبل الملكيات العربية لعملية طوفان الأقصى، وتدافع عن "حل الدولتين" باعتباره الإمكانية الوحيدة لحل القضية الفلسطينية، في تناقض مباشر مع رأي الفلسطينيين الذين يؤيدون أحداث 7 أكتوبر، ومع مطالب الجماهير العربية ومنظماتها المقاومة التي تنادي وتكافح من أجل إنهاء الكيان الصهيوني.

وفقًا لاستطلاع أجراه "المعهد العربي للبحوث والتنمية" بين 31 تشرين الأول/أكتوبر و7 تشرين الثاني/نوفمبر 2023، فإن 17.2% فقط من بين 668 فلسطينيًا شملهم الاستطلاع يوافقون على حل "الدولتين".

وتؤكد نتائج استطلاع آخر أجراه في نفس العام "المركز الفلسطيني للبحوث السياسية واستطلاعات الرأي" أن 71% من الفلسطينيين يعتبرون هذا الحل غير قابل للتطبيق بسبب المستوطنين الإسرائيليين الذين يعمل الكيان الصهيوني منذ سنوات على زرعهم في الأراضي المحتلة، وهم مسلحون ومدربون على يد إسرائيل، ويواصلون انتهاك الأراضي الفلسطينية وتنفيذ التطهير العرقي لتوسيع حدود الكيان.

وأظهر استطلاع آخر أجراه نفس المركز عام 2024 أن 71% من الفلسطينيين يعتبرون قرار شن العملية العسكرية صحيحًا، و72% كانوا يدعمون حماس آنذاك، و64% توقعوا أن تخرج الحركة منتصرة بعد الحرب. وحتى اليوم، تحظى حماس بدعم كبير في غزة. ووفقًا للصحافة الإسرائيلية نفسها، فإن القوة العسكرية لحماس – التي تريد الحكومة البرازيلية القضاء عليها – جندت 40 ألف مقاتل جديد هذا العام.

أما فكرة منح السلطة السياسية في فلسطين بشكل كامل لما يسمى بـ"السلطة الفلسطينية"، فإنها تتعارض مع اتفاقات بكين التي وقعتها جميع الفصائل الفلسطينية، بما فيها حركة فتح، والتي تعهدت بتشكيل حكومة وحدة وطنية بعد انتهاء الحرب.

"الجهل والتواطؤ"
يقول الفلسطيني ومنسق شبكة "أصدقاء فلسطين"، حبيب عمر:
"الدعوات لخروج حماس من غزة تكشف أمرين: أولاً، الجهل بالمجتمع الفلسطيني ومكوناته؛ وثانيًا، التواطؤ مع الإبادة الجماعية الإسرائيلية المروعة الجارية في غزة وخطط التطهير العرقي في الضفة الغربية".

وليست هذه هي المرة الأولى التي تدين فيها الحكومة البرازيلية مقاومة الشعب الفلسطيني المسلحة للاحتلال، إذ سبق لوزارة الخارجية أن وصفت حماس في بيان علني بأنها "منظمة إرهابية"، كما فعل لولا دا سيلفا نفسه في أكثر من خطاب. وبهذا التوقيع، تؤكد الحكومة البرازيلية موقفها المعادي بشكل لا رجعة فيه لأي مبادرة للمقاومة المسلحة للشعب الفلسطيني، وبالتالي ضد حق وإرادة هذا الشعب.

ويضيف عمر:
"ما يجب أن يفهمه الناس حول العالم هو أن الحركات الفلسطينية، وخاصة حماس والجهاد وفتح وغيرها، هي حركات جماهيرية لها مئات الآلاف من الأتباع والنشطاء في كل فلسطين وفي الشتات. حماس ليست فريق كرة قدم يمكنك وضعه في حافلة وإخراجه من غزة. إنهم منخرطون في كل تفاصيل الحياة الفلسطينية، مثلهم مثل فتح أو اليسار. لا يمكن اقتلاعهم بهذه الطريقة، ولن يتركوا فلسطين طوعًا، رغم الجرائم المروعة والوحشية التي يرتكبها الاحتلال".

الشعوب تختلف عن الحكومات والملكيات
يتماشى موقف الملكيات العربية مع تاريخ الطبقات الحاكمة في هذه البلدان، المرتبطة بعمق بالمصالح الأمريكية والمعادية للنضال الثوري في المنطقة. قبل عملية طوفان الأقصى، كانت هناك نزعة واضحة للتقارب بين هذه الدول العميلة وإسرائيل. ففي 2020، طبّع البحرين والإمارات علاقاتهما مع الكيان الصهيوني. وفي بداية 2023، وقعت الإمارات اتفاقية للتجارة الحرة مع الكيان، وكانت السعودية أيضًا تمضي نحو التطبيع.

لكن مع تصاعد الإبادة ضد الفلسطينيين، تم إيقاف هذه النزعة جزئيًا للحفاظ على مظهر من التضامن أمام غضب الجماهير الشعبية. ومع ذلك، استمرت هذه الأنظمة في ممارساتها الخيانية، إذ ساعدت الأردن والسعودية والإمارات إسرائيل على كسر الحصار البحري الذي يفرضه حركة أنصار الله اليمنية، من خلال تأمين طرق برية لنقل البضائع. كما اعترضت الأردن صواريخ أطلقها إيران على إسرائيل في 2024 و2025.

مواقف هذه الدول لا تعكس رأي شعوبها، فمثلاً 8% فقط من الفرنسيين يوافقون على موقف حكومتهم، بينما يرى 37% أن إسرائيل مشروع استعماري. وفي بريطانيا، تعكس التظاهرات الضخمة المؤيدة لفلسطين هذا التوجه، إذ شارك نحو 600 ألف شخص في مسيرة بلندن هذا العام.

جذور العنف
على عكس ما يزعم جميع المشاركين في المؤتمر، فإن العنف المفرط ضد الشعب الفلسطيني ليس مرتبطًا بوجود جماعات المقاومة المسلحة مثل حماس. فـ"النكبة"، التي طُرد فيها 750 ألف فلسطيني من أراضيهم وسط مجازر عديدة، حدثت قبل نشوء أي تنظيم فلسطيني مسلح كبير.

كما أن الاستعمار وسرقة الأراضي في الضفة الغربية مستمران بشكل متصاعد منذ 1967، وفشلت محاولات التسوية، مثل اتفاقات أوسلو، أمام التوسع الإسرائيلي. ولهذا، ترى حركات المقاومة الوطنية، مثل حماس، أن الحل النهائي الوحيد هو القضاء السياسي والعسكري على الاحتلال الصهيوني.

ويقول عمر:
"الدعوات لنزع سلاح حماس ليست جديدة على الفلسطينيين ولا على الدول العربية المجاورة. المنطق الإنساني البسيط يقول إنه يجب أن نتعلم من أخطائنا. عندما قبلت منظمة التحرير نزع سلاحها، وقعت مجازر مروعة ضد الفلسطينيين في لبنان، وصبرا وشاتيلا مجرد مثال واحد"، في إشارة إلى المجزرة التي ارتكبها مسلحو الاحتلال ضد اللاجئين الفلسطينيين في لبنان وأسفرت عن مقتل نحو 3,500 فلسطيني.

ويضيف:
"في اللحظة التي تضع فيها حماس سلاحها – افتراضًا – ستكون هي نفس اللحظة التي تبدأ فيها القوات الإسرائيلية البربرية عملية التطهير العرقي لغزة في وضح النهار، ولن يتحدث أحد. المجتمع الدولي لم يتمكن من منع المجاعة الجماعية لمليوني إنسان يموتون على الهواء مباشرة منذ أشهر، ولن يفعل شيئًا في المستقبل".

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على مدى العقدين الماضيين، اعتمدت صحيفة A Nova Democracia على قرائها من العمال والفلاحين والطلاب والمثقفين التقدميين، محافظة على خطها التحريري المناهض بشدة للإعلام الرجعي والمرتبط بمصالح الطبقات الحاكمة والإمبريالية.



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